FAMILIARES DE POLÍTICOS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS TAMBÉM ESTÃO NA MIRA: Governo Federal realizará pente-fino do Bolsa Família com foco em beneficiários que entraram na véspera da eleição presidencial - EXPRESSO PAJEÚ

FAMILIARES DE POLÍTICOS E FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS TAMBÉM ESTÃO NA MIRA: Governo Federal realizará pente-fino do Bolsa Família com foco em beneficiários que entraram na véspera da eleição presidencial

 Familiares de políticos municipais além de funcionários do setor público que também estejam recebendo de forma irregular o benefício do novo Bolsa Família estão na mira do pente fino realizadopelo Governo Federal.

Além de outros supostos beneficiários que tenham sido cadastrados às vésperas das eleições no ano passado.



O governo Lula deve começar ainda em abril um novo pente-fino do Bolsa Família, mas dessa vez com foco em quem entrou no programa do Auxílio Brasil (nome dado durante o governo Bolsonaro) às vésperas da eleição presidencial de 2022. 

Segundo afirmou o ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias à CNN, os integrantes incluídos nos meses que antecederam à eleição inflaram a base do benefício social sem o controle necessário, por isso requer uma avaliação destes beneficiários.

Dias ainda afirmou que a ofensiva, capitaneada pelo Ministério do Desenvolvimento Social, atende a dois objetivos: dar maior eficiência ao programa e robustecer investigações sobre suposto crime eleitoral cometido pelo governo Jair Bolsonaro.

Ainda de acordo com o ministro, houve um desmonte dos sistemas usados para o registro no programa e a substituição por um aplicativo, o que acelerou a entrada de beneficiários, mas inviabilizou o rigor técnico para a análise dos candidatos.

De acordo com Wellington Dias, a equipe do Ministério do Desenvolvimento Social está em contato com a Advocacia-geral da União e as informações coletadas nesta nova fase do pente-fino serão remetidas e podem ajudar a municiar apurações sobre um eventual crime eleitoral.

O governo já havia realizado um primeiro pente-fino neste ano, em março, que resultou no cancelamento de 1,5 milhão de beneficiários que ganhavam mais do que o teto estipulado para participar do programa social. Atualmente, para ter direito ao benefício, a família precisa ter renda de até R$ 218 por pessoa ao mês.

O ministro pontua que, diferentemente da primeira fase do pente-fino, quando os beneficiários em situação irregular foram automaticamente desligados, a pasta irá abrir prazo para que os alvos da apuração possam dar explicações. “Será feito somente um bloqueio e, após a manifestação do beneficiário, haverá decisão sobre cancelar ou não o benefício”, disse. 

Ao mesmo tempo que busca dar racionalidade ao cadastro do Bolsa Família, apurando irregularidades, o governo tenta incorporar ao programa novas famílias. A estratégia está em linha com a meta anunciada de, até 2026, tirar o Brasil do Mapa da Fome, da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com informações CNN